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Teatro

   
O Teatro em Santos
A primeira casa teatral de Santos

Consta que a primeira casa teatral da cidade datava de 1830, instalada em um prédio do século XVIII, situado na Rua do Campo, depois Beco do Teatro (Rua Riachuelo) com o Largo da Misericórdia, mais tarde Largo da Coroação (Praça Mauá). Na verdade, na época, o Beco do Teatro não alcançava o Largo da Misericórdia, mas este foi depois reformado e ampliado até suas dimensões atuais, de modo que o nosso primeiro teatro passou a ter frente para o Largo da Coroação, por volta de 1870.
O prédio do teatro, conhecido como "hospital velho" pertencia à Santa Casa da Misericória de Santos, cujo hospital já havia funcionado ali. Em 1854 ele foi completamente reformado e, em novembro de 1859, vendido a Domingos Martins de Souza, ator e empresário, que fez seu primeiro contrato de locação com a Companhia Diamantina de Teatro.

O teatro era iluminado por candeias de azeite e velas de cera. Não possuía cadeiras, as quais eram levadas pelos próprios espectadores. Muitas famílias mandavam suas cadeiras antes, através de escravos, marcando-as com um papel que trazia o nome de seu dono. Também era comum a marcação das cadeiras de uma mesma família através de uma fita que enlaçava todas elas. Ao final do espetáculo, escravos carregavam as cadeiras e lanternas acesas, acompanhando as famílias de volta às suas casas. Durante a quaresma e nas noites de chuva não se realizavam espetáculos.

O primeiro teatro da cidade, em bico de pena de Lauro Ribeiro da Silva.
Nosso primeiro teatro exibiu peças de Gil Vicente, Dumas (pai), Garret e Dumas (filho), entre outros e, administrada por Domingos Martins de Souza, recebeu companhias nacionais e estrangeiras. Em 1875 ali foi realizada a primeira Temporada Lírica de Santos, pela Companhia Lírica Italiana.

Nesse mesmo ano de 1875 os jornais da cidade reclamavam do mau estado do teatro. Quatro anos depois corriam os rumores de que o prédio estava prestes a desmoronar e ele foi fechado definitivamente, em 1879. No entanto, o edifício permaneceu de pé até a década de 40, quando foi demolido.
O Theatro Guarany
1880 - Uma comissão para o novo theatro
Com o fechamento do teatro de Domingos Martins de Souza, em 1880 foi formada uma comissão para a construção de um novo teatro na cidade, da qual faziam parte o Major Joaquim Xavier Pinheiro, Antônio José Viana, Raimundo Gonçalves Corvelo, Major Francisco Martins dos Santos e Roberto Maria de Azevedo Marques. Logo a comissão se transformou em uma sociedade por quotas juridicamente constituída, que subscreve 512 ações. Com grande apoio obtido da população e da imprensa, juntou-se o capital necessário para a compra do terreno da Praça dos Andradas, pertencente a Vitorino José Gomes Carmilo.
Abriu-se a seguir concorrência para o projeto arquitetônico do novo Theatro Guarany, como iria se chamar. O projeto vencedor foi o de Manuel Garcia Redondo, que estava em Santos desde 1878 como engenheiro de obras da nova sede da Alfândega.

1882 - A inauguração do theatro
A inauguração se deu a 7 de dezembro de 1882, com a apresentação das peças "Mário", de Eduardo Cadendu, e "Lucrécia", apresentadas pela Empresa de Recreio Dramático da Corte. A apresentação foi aberta com orquestra regida pelo Maestro Luiz Arlindo da Trindade que apresentou a sinfonia da ópera "Guarani", e também nos intervalos apresentou outras peças de Carlos Gomes. Na ocasião foram chamados ao palco, para justa homenagem, Manuel Garcia Redondo, projetista e construtor, e o artista Benedicto Calixto, responsável pela decoração.
O Teatro Guarany tal como foi construído, em postal de 1905. A estátua plantada no ponto mais alto do telhado era a figura de um índio guarani de pé, e viria a ser substituída mais tarde por uma figura feminina sentada, quando de sua grande reforma em 1910 (coleção João Gerodetti).
1886 - O Guarany recebe Sarah Bernadt
O Theatro Guarany participou com enorme peso da vida cultural e artística de Santos. Sua noite de glória aconteceu em 1886, quando da apresentação de "A Dama das Camélias" com a divina Sarah Bernardt, expressão máxima de voz e representação teatral e cuja turnê brasileira foi transposta para o cinema no longa metragem "Amélia".
Mas o Theatro não estava ligado somente ao meio artístico e cultural efervescente da passagem do século, pois era também centro da vida social e política dos santistas, que ali realizavam concentrações, conferências e congressos.

1887 - Guarany é palco para a Abolição

A importância do Guarany está intimamente ligada aos movimentos populares que tiveram em seu palco o principal púlpito de seus discursos: o movimento para a abolição da escravatura e o movimento em prol da República. Em nenhum outro palco do Brasil foram feitas tantas alforrias, concedidas ao vivo através de peças teatrais. Na peça "A Idéia Nova", de Sacramento Macuco, negros subiram ao palco durante a encenação e receberam a alforria seguindo o roteiro da peça (a alforria era paga com o dinheiro arrecadado nas bilheterias). Ao final, o público que lotava o Guarany, aplaudia demoradamente a liberdade dos negros escravos

O Theatro Guarany como era, após a reforma de 1911,
em bico-de-pena de Lauro Ribeiro da Silva.
1911 - O Guarany é reinaugurado
Em 1910 a empresa proprietária do imóvel o doa à Santa Casa que, por sua vez, o arrenda a Raimundo Gonçalves Corvelo. Este o submete a completa e minuciosa reforma, considerando desde os detalhes com a acústica até os afrescos encomendados ao pintor Benedicto Calixto, retratando cenas e atividades ligadas ao teatro. Finalmente, em 1911, ele foi reaberto ao público como um teatro de alto luxo.

1925 em diante - A decadência

A fase áurea do Teatro Guarany durou até os idos de 1924, época da inauguração do grande Theatro Colyseu, cujo palco se assenhorou dos holofotes da sociedade, passando a ser o local de expressão máxima da arte na cidade. O Guarany entrou em fase de rápida decadência: de 1930 a 1936 ele abrigou concursos de blocos carnavalescos e ranchos e voltou a ser incorporado ao patrimônio da Santa Casa, que o arrendou à empresa de cinemas M. Freixo & Cia. Como cinema o Guarany nunca chegou a ser de primeira categoria e sua frequência foi aos poucos se deteriorando, assim como os filmes de pornografia duvidosa que ele exibia.
Em 1940 a Santa Casa vendeu parte de sua área dos fundos, com frente para a Rua Amador Bueno, o que inutilizou definitivamente o seu palco. Na mesma ocasião, seu hall de entrada foi retalhado para a adaptação de lojas com frente para a Praça dos Andradas. Em fevereiro de 1981 encerrou definitivamente as atividades e um grande incêndio o destruiu, restando apenas a fachada, sem as belas linhas arquitetônicas originais. As causas do incêndio não foram apuradas mas, coincidência ou não, na ocasião de sua destruição pelo fogo, o Condephaat estudava processo para seu tombamento total. A Santa Casa, como proprietária, leiloou o que restou do imóvel. Discutiu-se muito a restauração, mas o Condephaat entendeu que nada mais há em condições de ser preservado.

O Theatro Guarany em postal de 1915 (foto Setur).
1980-2003: A sombra do Guarany
Durante muitos anos, o que restou deste teatro foi apenas o cenário de uma peça que parecia não ter fim, cujo começo foi luxo e vigor e o final, lágrimas e ruínas. Quantas áureas noites esta cidade fez sentir, quantos espetáculos não se aplaudiu em tão nobre espaço, durante muito tempo renegado e abandonado em um passado cultural há muito adormecido no coração santista. Estas palavras resumem um pouco o trágico período porque passou um dos mais importantes palcos do estado de São Paulo, o Theatro Guarany, presente há mais de 100 anos em frente a Praça dos Andradas.
Em outubro de 2003 a Prefeitura Municipal adquiriu a propriedade em ruínas, com a intenção de restaurá-lo. Ou melhor, reconstruí-lo, já que era impossível recriar o interior do teatro ou os afrescos de Calixto, dos quais sequer existem registros.
 

O que durante muitos anos restou do Theatro Guarany, o glorioso palco
oficial dos movimentos pela abolição e república em Santos.
2008 - O novo Guarany
Em 7 de dezembro de 2008, o Guarany reconstruído foi inaugurado, exatamente 126 anos depois da inauguração do prédio original. As obras duraram 2 anos e custaram cerca de R$ 6,7 milhões, obtidos junto à iniciativa privada através da Lei Rouanet.
A reconstrução foi precedida de cuidadosa pesquisa dos arquitetos Ney e Gino Caldatto. Do edifício original restaram 4 grossas paredes das fachadas, deixadas à mostra no interior do teatro e pintadas por fora no tom que se presume tenha sido a de 1910.
O teto do foyer superior recebeu um grande afresco do artista plástico paulistano Paulo Von Poser. A pintura, em técnicas mistas, faz uma releitura da obra Santos em 1890, de Benedicto Calixto, que figura em um quadro exposto na Associação Comercial de Santos.
O teatro tem capacidade para 270 lugares na platéia e 80 lugares nos camarotes, localizados no primeiro andar, juntamente com o foyer superior, salas de aula e salas de som e iluminação. O Teatro ainda conta com ateliê, café, camarins e sala de administração.
Além de casa de espetáculos, o Guarany atualmente serve de sede à Escola de Artes Cênicas da Secretaria de Cultura de Santos.
 

O Teatro Guarany reconstruído, na semana em que foi reaberto ao público,
exatamente 126 anos depois da inauguração do teatro original (foto PMS).
O Teatrinho Variedades
Nova casa teatral tem vida curta
Construído pela empresa Manoel Teixeira da Silva & Cia, o Teatrinho Variedades ficava na esquina da atual Rua XV de Novembro com a Praça dos Andradas. As paredes eram de madeira, uma espécie de persiana que facilitava a circulação do ar e diminuía os efeitos do clima quente da cidade. Inaugurado em 1899 com a apresentação de uma comédia de Eduardo Garrido, foi fechado e vendido em 1902. A partir daí, o Variedades passou a ser um café-concerto, uma filial do Moulin Rouge, um famoso cabaret paulistano da época.

Porque o Variedades ficou na memória
Como cabaret, o Variedades viveu a sua melhor fase, tendo promovido o concurso que veio a instituir o primeiro e mais antigo Rei Momo do país: Waldemar Esteves da Cunha, que reinou por 41 anos (1950-1991). Também testemunhou o nascimento do primeiro time de futebol desse litoral, que levaria o nome de Santos ao topo do mundo - o Santos Futebol Clube. Finalmente, após fracassada tentativa para transformá-lo em cinema, o Variedades fechou definitivamente as portas.
 
O Theatro Colyseu
Colyseu - os primórdios
A história do Colyseu começa com a fundação da Companhia Colyseu Santista, formada por José Luiz de Almeida Nogueira, Heitor Peixoto, Ricardo Travessedo e Henrique Porchat de Assis. Em 1896 a Cia Colyseu inicia a construção do Theatro Coliseu, cuja obra é assumida mais tarde pela União Esportiva, que o transforma em velódromo. Inaugurado em 1897 com uma exibição de ciclistas de Santos, São Vicente e capital, o velódromo veio a falir em 1903, tendo seus bens levados à leilão público.

O segundo Colyseu

O segundo Colyseu, no mesmo local do primeiro, era de propriedade de Francisco Serrador, um espanhol que mais tarde se afamaria por criar a Cinelândia no Rio de Janeiro. Francisco Serrador destinou o Colyseu a espetáculos teatrais e culturais. Sua inauguração, em julho de 1909, se deu em meio a muita festa, com renda revertida à Santa Casa. O Theatro, que comportava 800 pessoas, recebeu renomados artistas, nacionais e internacionais, e funcionou até 1923.

O Theatro Colyseu em postal da década de 30 (col. João Gerodetti)
O imponente e definitivo Colyseu
Em 1923 Francisco Serrador vende o Colyseu à M. Freixo & Cia, do Comendador Manuel Fins Freixo, que o reconstruiu e ampliou, com projeto encomendado ao arquiteto Ciriaco Gonzalez. O Theatro ganhou mais dois andares, um grande hall de entrada com colunas de granito, um salão de bailes no pavimento superior, acima do hall, e uma imponente fachada. Foi dispensada atenção especial à acústica, que praticamente alcançava a perfeição, e a platéia era em aclive. O acabamento tinha requintes de luxo: lustres de cristal, finíssima pintura filetada, cortinas de veludo e escadarias de mármore. Era um majestoso teatro, classificado entre os melhores do Brasil. Sua inauguração se deu em 1924, com a peça "A Bela Adormecida", de Carlos de Campos, então Presidente do Estado e presente à apresentação.

50 anos de glórias
Símbolo de uma época riquíssima da cidade de Santos, o Colyseu recebeu as mais importantes companhias de teatro, ópera e operetas, ballet, orquestras e corais, tanto nacionais como as estrangeiras que vinham a São Paulo. Graças a sua modernidade, em 1929 o Coliseu pode exibir o filme que inaugurou a era do cinema falado, "Broadway Melody", com a presença do próprio Al Johnson. Nomes de peso do Teatro brasileiro, como Guiomar Novaes, Carmen Miranda, Procópio Ferreira, Cacilda Becker, Cleide Yáconis, Sérgio Cardoso, Vicente Celestino, Bibi Ferreira, entre outros, e artistas internacionais, como o bailarino Nijinski, registraram noites memoráveis em seu palco. Mas a noite de ouro do Colyseu aconteceu em 1936, quando foi levada a ópera "O Guarani" de Carlos Gomes, com Bidu Sayão, a mais famosa das sopranos brasileiras.

O Coliseu em foto de 1940 (foto Setur).
A Decadência
A partir da década de 50, em plena época áurea do cinema, o Colyseu começa a funcionar mais como tal, embora faça eventuais noites de teatro. É quando a Freixo Empresa Cine-Teatral Ltda, sucessora de M. Freixo & Cia, vende a parte dos fundos do Teatro, que dava frente à Rua João Pessoa, depois derrubada para a construção de um posto de gasolina. Tratava-se de uma parte do teatro que abrigava os camarins e outros anexos do palco e, com isso, reduz-se drasticamente a sua capacidade cênica. Pouco tempo depois, o imenso e belo hall de entrada é retalhado em suas laterais para a criação de pequenas lojas comerciais que abrem para as ruas Brás Cubas e Amador Bueno, embora continuasse em funcionamento, com as sessões de cinema e até uma apresentação, nos anos 60, de Procópio Ferreira na bela peça "Deus lhe Pague".
A partir de 1970, a frequência do Colyseu se deteriora, bem como os filmes pornográficos que ali são exibidos, e ele atinge o auge de sua derrocada nos anos 80.

A Recuperação
O Colyseu, ainda de propriedade da Freixo Empresa Cine-Teatral, estava em vias de ser vendido para demolição e Santos quase perde um grande patrimônio cultural, um verdadeiro monumento à nossa memória. O Condephaat o declara tombado em 1982, impedindo a sua demolição, mas não impede o abandono a que foi entregue. Em 1992 o Colyseu é desapropriado pela Prefeitura Municipal e desativado definitivamente em fevereiro de 1993.
Finalmente, em 1994, a Prefeitura determinou os processos formais para a sua recuperação, contratando uma empresa de Salvador por R$ 6,66 milhões. O Colyseu deveria ter sido entregue em 1998, mas a falta de verbas e irregularidades atrasam o cronograma e paralisam as obras constantemente, até que a Prefeitura renuncia ao contrato com a empresa baiana por irregularidades. Depois de mais alguns meses, quase intermináveis, as obras recomeçaram. O Governo do Estado libera as verbas, constantemente adiadas por processos burocráticos e atrasos por parte da própria Prefeitura de Santos.
Em 17 de dezembro de 2003, o Governador Geraldo Alckmin, em visita a Santos, anuncia a liberação de R$ 4 milhões para a finalização das obras, elevando para R$ 16 milhões o total investido no Coliseu pelo Governo do Estado. Com a liberação veio a promessa de que em 120 dias o Colyseu estaria pronto.

O salão de bailes do Coliseu, que fica acima do imenso hall de entrada
em processo de reforma e restauração (foto PMS).
A reabertura em 2006: o fim da novela
Finalmente, depois de mais de 10 anos escondido pelos tapumes das obras, a 26 de janeiro de 2006, o Coliseu reabre em toda a sua glória, em uma noite de gala com tantos discursos que o concerto programado teve de ser encurtado. Em apresentação memorável, a Orquestra Sinfônica Municipal de Santos, sob a regência de Gustavo Petri, executou o Concerto para Piano e Orquestra nº 23 em Lá Maior, de Mozart, e a Sinfonia nº 9 em Ré Menor op. 125, de Beethoven, a primeira obra com a solista Beatriz Alessio ao piano, e a segunda, com as participações do coral Collegium Musicum de São Paulo, da soprano Rosana Lamosa, da mezzo soprano Ednéia de Oliveira, do tenor Fernando Portari e do baixo José Gallisa.
Além da noite de gala na reabertura, para comemorar o fato, durante uma semana diversas atrações passaram por seu palco, com destaque para o show do músico e compositor Toquinho, com o teatro lotado, e a memorável apresentação da grande estrela do Teatro Brasileiro, Bibi Ferreira, aos 83 anos, no espetáculo "Bibi in Concert III Pop".
Quem entrou no Coliseu pela primeira vez saiu verdadeiramente encantado. Quem chegou a frequentá-lo em seus tempos de glória colocou pequenos reparos. Mas todos se regozijaram em ter de volta um Teatro à altura de nossa história.

O Theatro Coliseu na semana de sua reabertura, em janeiro de 2006,
depois de um período de 10 anos de restauração e reformas.
Outros teatros
Theatro Rink
Desse teatro apenas encontramos algumas referências históricas. Sabemos que existia à época do Theatro Guarany, sabemos que se localizava na Av. São Francisco, no local onde hoje funciona o Palácio da Polícia. Também sabemos que nas dependências do Teatro Rink, em 1889, foi improvisado um hospital para atender as vítimas da grande epidemia de febre amarela que assolou a cidade.

Theatro Carlos Gomes
No final do século XIX surgiu o Teatro Carlos Gomes, construído por Marcolino de Andrade, na Rua Lucas Fortunato, na Vila Mathias. Como teatro teve curtíssima duração e, com o advento do cinema falado nos anos 30, passou a funcionar como cinema. Mais tarde uma reforma o transforma no Cine Carlos Gomes, que funciona até a crise dos anos 70 e depois é ocupado pela sede do Sindicato dos Metalúrgicos.

Theatro Casino
Por volta de 1920, no Gonzaga, surge o Teatro e Cassino Parque Balneário, na Av. Dona Anna Costa, construído no corpo do Atlântico Hotel, de propriedade de Domingos Fernandes Alonso. O Teatro Cassino tinha requintes de conforto e modernismo, com seu grande teto móvel que podia ser aberto nas noites de calor. Também funcionou muito pouco como teatro e logo foi encampado pela febre do cinema. Explorado pela Empresa Santista de Cinemas, foi o melhor cinema da cidade até o aparecimento do Roxy. Na década de 40 encerra suas atividades para dar lugar a um novo cassino. Em seguida foi sede do Clube Sírio Libanês, abrigou os Cines Studio-Atlântico I e II e as Lojas Americanas atualmente.

O Teatro e Cassino Parque Balneário em foto de 1927. No primeiro prédio
ficava o cassino e por trás das torres está o teto móvel do teatro, oculto
pelas palmeiras. Ao fundo o Atlântico Hotel, na esquina com a praia.
Teatro Independência
Por volta de 1950 Marcelino Dias de Carvalho constrói o Teatro Independência, na Av. Ana Costa, 544, que acabou funcionando muito mais como cinema. Esteve em atividade até cerca de 1980, quando foi fechado para dar lugar a uma discoteca e, anos depois, a um bingo.

Teatro Júlio Dantas
Em 1956 o Centro Português abre o Teatro Júlio Dantas, na Rua Martim Afonso, 137, de fina montagem, mas com capacidade para apenas 200 pessoas.


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